domingo, 7 de junho de 2009

Tudo é tão estranho... :-S


O Congresso rouba dinheiro dos cofres públicos.
Ninguém sabe.
Um dia, o ladrão dá bandeira e todos ficam sabendo do roubo.
A polícia faz um alarde.
A TV, mais ainda.
E quando você pensa que a justiça será feita, nada acontece.
Nem os ladrões vão para a cadeia e nem o dinheiro volta para onde saiu.
Enigma do “hoje e sempre”: Onde vai parar o nosso dinheiro???

Data: 12 de setembro de 2007 - 12:32

Mamãe, Brasil e Deus

Minha mãe foi mais uma vítima de um ônibus que foi assaltado no Rio hoje.

Minha mãe só não teve seus pertences roubados porque Deus é muito bom.

Porque se depender do bandido... ele até perguntou se as pessoas tinham amor à vida!

Mamãe linda estava fazendo uma oração na hora em que o bandido-menino resolveu assaltar. E, surpreendentemente, embora ele não tivesse amor à vida, até que ele teve coração pois poupou a minha mãe porque ela estava em oração.

Coitado do bandido.

Coitado do menino que era bandido.

Coitados de nós!

Em tempo: minha tia precisou se internar num hospital público e ficou pior do que quando não estava lá. Ganhou vários problemas de saúde que não tinha e sofreu com o descaso, o abandono e o caos que viraram os hospitais públicos (que deveriam receber o nosso dinheiro se não fossem os constantes e “normais” roubos).

Minha tia morreu.

No dia seguinte, o Jornal Nacional anunciava mortes em hospitais públicos de outras cidades do Brasil, por conta de greves de profissionais de saúde que culpavam o Governo por baixos salários. O mesmo Governo de onde se descobrem os roubos. Os roubos que são descobertos mas que os ladrões não são presos e que o dinheiro não volta a aparecer.

É uma roda-viva!!!

E depois ainda perguntam porque Deus permite que isso tudo aconteça. É mesmo Deus???!!!


12 de setembro de 2007 - 11:51

VI-DA


A título de curiosidade: Existe coisa mais ridícula que a publicidade do guaraná Kuat??!!
A título de afirmação: Não existe coisa mais linda que o ipê lilás supurando os fios dos postes, bem na curva da entrada para a Urca...
o tempo
o vento
o veloz
o som
o berro
o barulho
o atônito contentamento
o raio
o sol
o asfalto
o farol
o galho
o átrio
o anfitrião
o pendor
o condor
o degrau
o pedaço do soalho
todas as linha geradas do nada a algum lugar constantemente sem direção
o labirinto azul
a porta rosa
o desenho assinalado
o nome
a fome
o sobrenome
as pernas sem comoção
o pulso sem reação
o volteio do globo ocular
o júbilo atroz
a inconstância feroz
a morfina!
morfina?
Morfina!
Morfina...
MOR-FI-NA
Morfina!!!

Morfinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
O inveterado ruído
O afeto oculto
O mar invertido
A maior dor do mundo
O calo mais profundo
A condolência moral
O pranto
O bramido
A falta
O sobejo
O mesmo ar
O mesmo leito
A mesma cabeceira
A mesma cor
O olho
Os olhos
O olhar
A lágrima
O terror
A fragilidade
O tambor
É quando o Faustão anima a platéia que se enche de cor.
Enquanto isso, a Susana Vieira apieda-se com o quadro do programa titulado de "amor".
Os meninos ainda estão nos sinais.
Os jogadores ainda estão em campo.
As bombas de efeito ainda procuram aquietar.
O coração dela, entorpecidamente alucinado, desengrandece, salta vagarosamente à medida que decresce num ligeiro murmuro.
A lua rompe a camada azul clara do céu
As folhas já se espalham no chão
Os portões estão fechados
A vista, bem aberta
O pesar dos colibris...
E o estrépito volta a declarar:
morfina?
Morfina!
Morfina...
MOR-FI-NA
Morfina!!!
Morfinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Data: 26 de março de 2007 - 10:55

Politicamente correto

E o Maluf? Vai ou não vai?
Atada à especulação e à nobreza do simples gesto de jogá-lo à prisão, impondo-lhe goela abaixo os 140 milhões de dólares é até uma prepotência...
A liberdade redimensionada hoje vem acompanhada do dinheiro, da gravata e das mãos limpas.
É gente inescrupulosamente amante de coisa e de tudo o que se compra. Hoje em dia a oferta é de sorriso comprado, beijo bem pago, alegria que custa alto preço... Ta tudo aí: esse bando de coisas belas nas vitrines, nas lojas mais caras e nos aviões particulares.
Hoje vc ri da cara no Maluf no jornal.
Amanhã vc ri se a cara foi estampada e mesmo assim, tudo vive-se como se nada tivesse vivido.
Hoje é o garotinho que morreu e amanhã é a escolha do samba do próximo Carnaval.
Hoje é a necessidade de flexibilização com os subsídios! (Ora, pois!)
Amanhã... tem sol, tem praia, tem viagem e tem cala-boca-do-cidadão.
Afinal, todos os dias a linda e bela TV ta aí... Todos os dias tem samba, tem pagode, tem pipoca e tem cerveja!
Tem tudo pra vc esquecer que existem coisas feias como o Maluf. Pensar nisso pra quê?
Tem até o Superbonita na GNT...
Num debate sério sobre problemas capilares, a empresária concede entrevista pertinentíssima: “Nossa... cabelo é tudo... deixar que façam o que quiserem com meu cabelo é praticamente tirar um pedaço de mim... Cuidar dele é minha vida e dar vida ao cabelo é o meu dever...”
Humpf!
Aff!
E por que é que a gente ainda anda pensando no Maluf...?
Frente à uma declaração dessas, da vontade até de largar tudo, abrir um salão, falar da Caras todos os dias e de todos os homens de todas as novelas...
Afinal, quanto mais fizesse unhas e cabelo, mais cheios de sabão ficariam os miolos, as unhas e a cachola.
E como já cantava o poeta... “tudo na mais perfeita ordem / tudo na mais santa paz...”
E SE O FANTASMA FICAR,
E SE O CACHORRO LATIR,
E SE O SILÊNCIO GRITAR,
E SE O POVO ASSUMIR...

E SE A MULHER NÃO TOPAR,
E SE O AMIGO SUMIR,
E SE O RELÓGIO PARAR,
E SE O AMANHÃ NÃO SURGIR...

TUDO NA MAIS PERFEITA ORDEM,
TUDO NA MAIS SANTA PAZ.
Data: 13 de março de 2007 - 00:31

O diálogo mais bonito do mundo

Diálogo entre Feliz e Darci (a coisa rica que ama dançar):

F: Oi, minha linda! Como vc tá?

D: Oi, tia! Tô bem...

F: Jura? Que bom! Tá comendo direitinho e tomando os remedinhos?

D: Eu tô, tia!

F: E as dorezinhas?

D: Ah... tia... Eu tenho, né? Eu ainda tenho muita dorzinha...

F: Olha, querida... a tia queria dar uma notícia não muito legal... Eu não devo poder ir te visitar nesse fim de semana porque eu estive doente e eu tenho medo de passar alguma coisa pra vc...

D: Ah... tia... É?

F: É, querida. Infelizmente... Não vou poder... Foi uma virose, tipo um resfriadozinho, e eu posso passar pra vc sem querer, entendeu?

D: Hum hum...

F: Bom, eu vou sentir muitassssssssssssss saudades mas assim que eu estiver boa de vez, vou te ver, tá bom?

D: Tá bom, tia.

F: Vc entende a tia, né querida?

D: Entendo, tia.

F: Então tá... Promete que vai continuar comendo, tomando cuidado com o soro e agüentando firme os remédios?

D: Prometo, tia.

F: Promete que vai ficar forte, não vai desistir de ficar boa pra sair do hospital logo?

D: Prometo, tia.

F: Então tá bom. A tia vai desligar e a tia promete que assim que ficar boazinha, a tia vai marcar uma visita, tá bom?

D: Tá bom.

F: Então... um beijo grandalhão, fica com Papai do Céu e tenha muita força, tá lindinha?

D: Tá, tia.

F: Tchau e um bei...

D: Ô, tia! Não desliga não! Eu tenho uma pergunta!

F: Oi, querida... Quase que eu desliguei... Me diz: qual a sua pergunta?

D: Mas quando é que é que a Sra. vem, hein? Demora?

Fala sério!!! Linda demais!!!

Todo meu amor aos pequenos grandes amores da minha vida...

Amo muito todas essas crianças!!!

"Lá vem o pato

Pato aqui , pato acolá

Lá vem o pato

Para ver o que é que há.

O pato pateta

Pintou o caneco

Surrou a galinha

Bateu no marreco.

Pulou do poleiro

No pé do cavalo

Levou um coice

Criou um galo.

Comeu um pedaço

De jenipapo

Ficou engasgado

Com dor no papo

Caiu no poço

Quebrou a tigela

Tantas vez o moço

Que foi pra panela"

(MPB4)

Data: 09 de março de 2007 – 15:51


Isso é Brasil...

"À porta, uma mulher cujas rugas a denunciavam vir de muitos anos e muitas fomes. Trazia os olhos opacos, e seu corpo raquítico, apoiados na coluna de concreto, me pareceu tão frágil que possivelmente se desfaria em pó se eu ousasse tocá-lo.

- Tem sanduíche? - indaguei.

Permaneceu imóvel, como se ali estivesse há séculos. Continuou a fitar o ônibus, nave espacial pousada naquele ermo onde, com certeza, o inusitado fazia-se corriqueiro. Ainda que desembarcassem hipopótamos de fraque e cartola creio que ela prosseguiria confinada à catalepsia. Insisti no pedido.

Sem me olhar, murmurou:

- Meu filho, aqui nem pão tem, quanto mais o que pôr dentro."


(Frei Betto - A mosca azul)


Data: 13 de fevereiro de 2007 – 01:35



E o coração na boca...

Meus pés estão gelados, como se fosse início de inverno.
Tem passarinhos passando, zunindo a janela, mas os pés estão frios – con-ge-la-dos!!!
Antigamente essa época era mais morna... se fizesse sol, fazia calor.
Não era essa esquisitice atual...
Tem verde, tem azul, tem cinza e tem preto. Cadê o rosa claro? Cadê o alaranjado com lilás? E aquele vento agudo e saboroso?
Agora fica isso aí... esse bando de nuvens chegando, te fazendo se perder no meio das horas enquanto meia nenhuma esconde as marcas da primavera.
E esse vento cortante, que não combina com a luz retinente do dia abundante, vem lembrar das alegrias desses tempos, e das esmiuçadas cortinas no relento.
Talvez a pratessência de ontem, mas muito mais a de dois séculos e meio (de trilhões de anos atrás).
Viva a girafa, o cometa, o botão, o chinelo e a condução.
Pouco notam quando a brisa chega mas também pouco se importam quando o dia se vai...



Data: 01 de novembro de 2006 – 09:52

"Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador" (Ouro de tolo)

Por tanto amor, a vida me fez assim... ;-)

A minha avó era mineira e era feliz.
A minha avó vivia na roça e era feliz.
A minha avó acordava quando ainda estava escuro, almoçava às 09:30 da manhã e era feliz.
Minha avó não conhecia dinheiro, não escolheu seu marido, não escolheu um vestido... e era feliz.
Minha avó se alimentava de histórias, de estrelas e de ver o plantado nascer, e era feliz.
Depois de anos exaustivos, com a pele mastigada pelo duro sol, minha avó era feliz.
A família veio para o Rio e no meio do nada e do novo, ela ainda era feliz.
Viu os filhos nascerem, deu beliscões, beijos, comida, e era feliz.
Viu o marido morrer, viu filhos morrerem, viu os pais morrerem... mas era feliz.
Ela me viu nascer, viu nascer meus primeiros passos e meus primeiros dias de aula, sempre feliz.
Minha avó fazia o quiabo, a abóbora, o suco de laranja e era feliz.
Ela me penteava os cabelos, carregava minha mochila, conversava com as flores no caminho da escola, e era muito feliz.
Atravessava a rua comigo e atravessou estradas pra me encontrar, sempre feliz.
Ela fazia todos os chás na época do Sarampo, da Catapora, da Coqueluche... e era feliz.
Minha avó fazia sopinhas, fazia carinho e dava risadas comigo, porque era feliz.
Ela me viu crescer, viu que já ia à escola sozinha e que partia para viagens e para cursos e, ainda assim, continuava feliz.
Ela viu em si própria, as marcas do tempo, o peso do corpo e as conseqüências para o seu organismo... e conheceu as primeiras doenças, ainda feliz.
Fez as primeiras cirurgias, as graves cirurgias e, olhando tanto amor em volta, mais uma vez viu Deus e viu que era feliz.
Essa semana ela completa 87 aninhos... uma vida extremamente rica... de vitórias, de memórias, de provações, de surpresas mas, especialmente, de amor. Muito amor. E em todos os momentos ela soube que podia e devia ser feliz. Muito feliz...
Porque isso foi florescendo dentro de mim, e dentro de muitas pessoas que a conhecem, que hoje posso rir de qualquer coisa, e em qualquer circunstância, se eu me puser a recordar a sua trajetória.
Porque nessa mulher houve e há alegria, e porque a alegria é fruto da humildade, da perseverança, da paciência e do amor que rega, todos os dias, o jardim do nosso coração.
Obrigada, Deus, pela coisa mais linda que é essa mulher na minha vida!!!

Data: 02 de outubro de 2006 – 00:51

Todo amor que há nessa vida... :D

Onde há muito amor, há sempre milagres.
(Wila Cather)
Ser voluntária é mto mais q servir...
Ser voluntária é presentear a própria alma
com mto mais, sem mto menos;
estar junto, rir junto, dar um abraço, bater palma, olhar nos olhos...
é um alimento de amor... amor ao próximo...
No caso das crianças, um próximo q dá valor ao amor mais do q mtos próximos...
Pq neste caso, elas se fartam disso p/ lutar.
Tão pequenas e tão grandes;
Tão frágeis e tão fortes;
Tão distantes e tão próximas...
Repletas de vigor e com olhos brilhando de esperança.
Vivem, milagrosamente, cada dia tão comum p/ nós...
Olham o amor como um laço, como uma esperança, olham com afeto, como se aquela brincadeira fosse a última, como se aquele sorriso fosse único e assim... são elas q ensinam a valorizar incessantemente o dom da vida, o infinito amor de Deus ;)
Não sou eu a voluntária. Elas são.
Sou apenas uma aprendiz maior de idade... e todos os dias, maior em alegria, paz, afeto e amor. E como isso faz bem... hum... como faz!
:o)
Data: 06 de agosto de 2006 – 01:25

Essa sou eu... :O

Estava eu amarradona no volante. Um trânsito danado. Vários motoristas buzinando. De repente, ouço aquele barulhinho de sirene de ambulância e qnd olhei pelo retrovisor, tinha um carro imenso branco, tipo uma dessas Vans nojentas. Continuei esperando o trânsito fluir. Até que aquele barulhinho me irritou tanto que eu pensei: "Caraca! Esses caras abusados dessas Vans não têm mais o que inventar, né?! Olha que abuso! Colocar som de sirene de ambulância só p/ passar a nossa frente no engarrafamento!" Foi quando eu percebi que ERA UMA AMBULÂNCIA...!!!

:-O

hauahuahauhauahuahauahuahauhauahauhauahau

Só eu mesmo...

Data: 20 de junho de 2006 – 16:26

Fogo sobre terra

Até um tempo atrás tava tudo ali: o chão, o vento e a folha ainda úmida e pisoteada. Hj estão as canções, as imagens e os porões.

É o aroma q refloresce e arranca as melhores lembranças.

Vc vira gente, vira mais um, calçando a infinidade de pés nas estradas e marcando as janelas com a palma da mão.

Pode ser fruto mas tbm pode não ser... e então, se a noite vier...

Se o dia vier...

Se a lua vier...

O jeito é estufar as traquéias e esmagar as artérias de paixão, sorrindo com alegria, olhando com perdão...

Repleto de sonhos, de ânsia e compaixão.

SILVA, Feliz da. Outoneando. Rio de Maio, fim de período facul. 354 aulas + novas manhãs de sol.

Fogo Sobre Terra
Vinicius de Moraes / Toquinho

A gente às vezes tem vontade de ser
Um rio cheio pra poder transbordar
Uma explosão capaz de tudo romper
Um vendaval capaz de tudo arrasar

Mas outras vezes tem vontade de ter

Um canto escuro onde poder se ocultar
Um labirinto onde poder se perder
E onde poder fazer o tempo parar

Oh, dor de saber que na vida
É melhor de saída
Ser um bom perdedor
Amor, minha fonte perdida
Vem curar a ferida
De mais um sonhador

Data: 31 de maio de 2006 – 21:38



Sapateira!!!! hauahuahauahuahauhau


Depois de ter entradado para o Guinness como a pessoa com a maior variedade de dons profissionais do século, encarei mais uma nova hj, com facílima adaptação!!!
Tive a minha super rasteirinha verdinha e linda da Mr. Cat arrebentada, em pleno momento de chegada na facul. Dra-ma!!! Nem acreditei q tava acontecendo comigo mas...vivendo e aprendendo, sempre!!! Tive o brilhante estalo de minha memética recordando-me de um clipe q estava na bolsa e fiz a maior costura de todos os tempos! E foi em couro!!! Consegui fazer o macete mais original da espécie humana e grudar uma tira de couro à outra, apenas com um clipe!!!
In-crí-vel!!!
Assisti a aula e cheguei em casa sã e salva.
Disso tudo a gente pode tirar 3 lições importantíssimas:
1) o clipe pode ser considerado a partir de hj o melhor amigo da mulher!!!
2) nem tudo o q é de marca presta!!! Nunca pensei q a Mr. Cat fosse me fazer passar por uma dessas...
3) clipe é clipe mesmo!!! tá errado qnd a gente chama clipe de clipse... guarda essa pq essa foi profunda e eu tenho certeza de q ninguém vai mudar o nome por conta da minha relevância... hauhauhau
Enfim, bjos e um poeminha, lógico, de pezinhos...
Os teus pés
Quando não te posso contemplar

Contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,

Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.

A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram voo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.
(Neruda)
Data: 03 de maio de 2006 – 22:57

Algumas considerações pós-feriado do trabalhador...


"Os que disseram que não vão investir mais, podem ir embora e, se querem se submeter às leis bolivianas, o povo boliviano e a Constituição, sejam bem-vindos."
(Evo Morales)
"Nós, seres humanos, temos uma ânsia de sair de nós mesmos e fundir-nos com o absoluto: um afã impossível mas esplêndido, que basta para justificar uma vida. (...) Nisto consiste a graça de ser romancista: na torrente de palavras que borbulham constantemente em seu cérebro."
O femino continua sendo o lado escuro da lua...
(Rosa Montero - A Louca da Casa)


Data: 02 de maio de 2006 – 23:31


Bem-vindo ao mundo de Feliz!

"A manhã ia alta. As cigarras defronte chilreavam no tamarineiro desfolhado; começava a esquentar e o céu estava de um azul ligeiro, tênue, fino..."
(Lima Barreto)
Quem sabe quando cá estarei novamente? Mas estarei sempre indo e vindo... assim que possa... assim que encare minha memética e minha mente.
Um instante
Aqui me tenho
como não me conheço
nem me quis
sem começo
nem fim
aqui me tenho
sem mim
nada lembro
nem sei
à luz presente
sou apenas um bicho
transparente
(Ferreira Gullar)
Data: 29 de abril de 2005 - 19:10