domingo, 7 de junho de 2009
Tudo é tão estranho... :-S
Mamãe, Brasil e Deus
Minha mãe foi mais uma vítima de um ônibus que foi assaltado no Rio hoje.
Minha mãe só não teve seus pertences roubados porque Deus é muito bom.
Porque se depender do bandido... ele até perguntou se as pessoas tinham amor à vida!
Mamãe linda estava fazendo uma oração na hora em que o bandido-menino resolveu assaltar. E, surpreendentemente, embora ele não tivesse amor à vida, até que ele teve coração pois poupou a minha mãe porque ela estava em oração.
Coitado do bandido.
Coitado do menino que era bandido.
Coitados de nós!
Em tempo: minha tia precisou se internar num hospital público e ficou pior do que quando não estava lá. Ganhou vários problemas de saúde que não tinha e sofreu com o descaso, o abandono e o caos que viraram os hospitais públicos (que deveriam receber o nosso dinheiro se não fossem os constantes e “normais” roubos).
Minha tia morreu.
No dia seguinte, o Jornal Nacional anunciava mortes em hospitais públicos de outras cidades do Brasil, por conta de greves de profissionais de saúde que culpavam o Governo por baixos salários. O mesmo Governo de onde se descobrem os roubos. Os roubos que são descobertos mas que os ladrões não são presos e que o dinheiro não volta a aparecer.
É uma roda-viva!!!
E depois ainda perguntam porque Deus permite que isso tudo aconteça. É mesmo Deus???!!!
12 de setembro de 2007 - 11:51
VI-DA
A título de curiosidade: Existe coisa mais ridícula que a publicidade do guaraná Kuat??!!
A título de afirmação: Não existe coisa mais linda que o ipê lilás supurando os fios dos postes, bem na curva da entrada para a Urca...
o tempo
o vento
o veloz
o som
o berro
o barulho
o atônito contentamento
o raio
o sol
o asfalto
o farol
o galho
o átrio
o anfitrião
o pendor
o condor
o degrau
o pedaço do soalho
todas as linha geradas do nada a algum lugar constantemente sem direção
o labirinto azul
a porta rosa
o desenho assinalado
o nome
a fome
o sobrenome
as pernas sem comoção
o pulso sem reação
o volteio do globo ocular
o júbilo atroz
a inconstância feroz
a morfina!
morfina?
Morfina!
Morfina...
MOR-FI-NA
Morfina!!!
Morfinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
O inveterado ruído
O afeto oculto
O mar invertido
A maior dor do mundo
O calo mais profundo
A condolência moral
O pranto
O bramido
A falta
O sobejo
O mesmo ar
O mesmo leito
A mesma cabeceira
A mesma cor
O olho
Os olhos
O olhar
A lágrima
O terror
A fragilidade
O tambor
É quando o Faustão anima a platéia que se enche de cor.
Enquanto isso, a Susana Vieira apieda-se com o quadro do programa titulado de "amor".
Os meninos ainda estão nos sinais.
Os jogadores ainda estão em campo.
As bombas de efeito ainda procuram aquietar.
O coração dela, entorpecidamente alucinado, desengrandece, salta vagarosamente à medida que decresce num ligeiro murmuro.
A lua rompe a camada azul clara do céu
As folhas já se espalham no chão
Os portões estão fechados
A vista, bem aberta
O pesar dos colibris...
E o estrépito volta a declarar:
morfina?
Morfina!
Morfina...
MOR-FI-NA
Morfina!!!
Morfinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Data: 26 de março de 2007 - 10:55
Politicamente correto
E SE O CACHORRO LATIR,
E SE O SILÊNCIO GRITAR,
E SE O POVO ASSUMIR...
E SE A MULHER NÃO TOPAR,
E SE O AMIGO SUMIR,
E SE O RELÓGIO PARAR,
E SE O AMANHÃ NÃO SURGIR...
TUDO NA MAIS PERFEITA ORDEM,
TUDO NA MAIS SANTA PAZ.
O diálogo mais bonito do mundo
Diálogo entre Feliz e Darci (a coisa rica que ama dançar):
F: Oi, minha linda! Como vc tá?
D: Oi, tia! Tô bem...
F: Jura? Que bom! Tá comendo direitinho e tomando os remedinhos?
D: Eu tô, tia!
F: E as dorezinhas?
D: Ah... tia... Eu tenho, né? Eu ainda tenho muita dorzinha...
F: Olha, querida... a tia queria dar uma notícia não muito legal... Eu não devo poder ir te visitar nesse fim de semana porque eu estive doente e eu tenho medo de passar alguma coisa pra vc...
D: Ah... tia... É?
F: É, querida. Infelizmente... Não vou poder... Foi uma virose, tipo um resfriadozinho, e eu posso passar pra vc sem querer, entendeu?
D: Hum hum...
F: Bom, eu vou sentir muitassssssssssssss saudades mas assim que eu estiver boa de vez, vou te ver, tá bom?
D: Tá bom, tia.
F: Vc entende a tia, né querida?
D: Entendo, tia.
F: Então tá... Promete que vai continuar comendo, tomando cuidado com o soro e agüentando firme os remédios?
D: Prometo, tia.
F: Promete que vai ficar forte, não vai desistir de ficar boa pra sair do hospital logo?
D: Prometo, tia.
F: Então tá bom. A tia vai desligar e a tia promete que assim que ficar boazinha, a tia vai marcar uma visita, tá bom?
D: Tá bom.
F: Então... um beijo grandalhão, fica com Papai do Céu e tenha muita força, tá lindinha?
D: Tá, tia.
F: Tchau e um bei...
D: Ô, tia! Não desliga não! Eu tenho uma pergunta!
F: Oi, querida... Quase que eu desliguei... Me diz: qual a sua pergunta?
D: Mas quando é que é que a Sra. vem, hein? Demora?
Fala sério!!! Linda demais!!!
Todo meu amor aos pequenos grandes amores da minha vida...
Amo muito todas essas crianças!!!
"Lá vem o pato
Pato aqui , pato acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há.
O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco.
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo.
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas vez o moço
Que foi pra panela"
(MPB4)
Data: 09 de março de 2007 – 15:51
Isso é Brasil...
"À porta, uma mulher cujas rugas a denunciavam vir de muitos anos e muitas fomes. Trazia os olhos opacos, e seu corpo raquítico, apoiados na coluna de concreto, me pareceu tão frágil que possivelmente se desfaria em pó se eu ousasse tocá-lo.
- Tem sanduíche? - indaguei.
Permaneceu imóvel, como se ali estivesse há séculos. Continuou a fitar o ônibus, nave espacial pousada naquele ermo onde, com certeza, o inusitado fazia-se corriqueiro. Ainda que desembarcassem hipopótamos de fraque e cartola creio que ela prosseguiria confinada à catalepsia. Insisti no pedido.
Sem me olhar, murmurou:
- Meu filho, aqui nem pão tem, quanto mais o que pôr dentro."
(Frei Betto - A mosca azul)
Data: 13 de fevereiro de 2007 – 01:35
E o coração na boca...
E esse vento cortante, que não combina com a luz retinente do dia abundante, vem lembrar das alegrias desses tempos, e das esmiuçadas cortinas no relento.
Talvez a pratessência de ontem, mas muito mais a de dois séculos e meio (de trilhões de anos atrás).
Viva a girafa, o cometa, o botão, o chinelo e a condução.
Pouco notam quando a brisa chega mas também pouco se importam quando o dia se vai...
"Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador" (Ouro de tolo)
Por tanto amor, a vida me fez assim... ;-)
Todo amor que há nessa vida... :D
Essa sou eu... :O
Estava eu amarradona no volante. Um trânsito danado. Vários motoristas buzinando. De repente, ouço aquele barulhinho de sirene de ambulância e qnd olhei pelo retrovisor, tinha um carro imenso branco, tipo uma dessas Vans nojentas. Continuei esperando o trânsito fluir. Até que aquele barulhinho me irritou tanto que eu pensei: "Caraca! Esses caras abusados dessas Vans não têm mais o que inventar, né?! Olha que abuso! Colocar som de sirene de ambulância só p/ passar a nossa frente no engarrafamento!" Foi quando eu percebi que ERA UMA AMBULÂNCIA...!!!
:-O
hauahuahauhauahuahauahuahauhauahauhauahau
Só eu mesmo...
Data: 20 de junho de 2006 – 16:26
Fogo sobre terra
Até um tempo atrás tava tudo ali: o chão, o vento e a folha ainda úmida e pisoteada. Hj estão as canções, as imagens e os porões.
É o aroma q refloresce e arranca as melhores lembranças.
Vc vira gente, vira mais um, calçando a infinidade de pés nas estradas e marcando as janelas com a palma da mão.
Pode ser fruto mas tbm pode não ser... e então, se a noite vier...
Se o dia vier...
Se a lua vier...
O jeito é estufar as traquéias e esmagar as artérias de paixão, sorrindo com alegria, olhando com perdão...
Repleto de sonhos, de ânsia e compaixão.
SILVA, Feliz da. Outoneando. Rio de Maio, fim de período facul. 354 aulas + novas manhãs de sol.
Fogo Sobre Terra
Vinicius de Moraes / Toquinho
A gente às vezes tem vontade de ser
Um rio cheio pra poder transbordar
Uma explosão capaz de tudo romper
Um vendaval capaz de tudo arrasar
Mas outras vezes tem vontade de ter
Um canto escuro onde poder se ocultar
Um labirinto onde poder se perder
E onde poder fazer o tempo parar
Oh, dor de saber que na vida
É melhor de saída
Ser um bom perdedor
Amor, minha fonte perdida
Vem curar a ferida
De mais um sonhador
Data: 31 de maio de 2006 – 21:38
Sapateira!!!! hauahuahauahuahauhau
Depois de ter entradado para o Guinness como a pessoa com a maior variedade de dons profissionais do século, encarei mais uma nova hj, com facílima adaptação!!!
Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram voo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.
Algumas considerações pós-feriado do trabalhador...
Data: 02 de maio de 2006 – 23:31
Bem-vindo ao mundo de Feliz!
como não me conheço
nem me quis
nem fim
sem mim
nem sei
sou apenas um bicho
transparente