domingo, 15 de novembro de 2009

Sempre Ele...



17 de março de 2008

Os pés que marcam o solo ardente.
O tropeço em pedras, o tropeço no ouvir o horror.
As unhas rachadas, as pernas trêmulas, o corpo latente.
Tem público, tem ruído, tem inconseqüente.
As gotas tão óbvias são também, pouco adequadas.
O suor escorre.
As mãos moídas tocam o céu.
O sangue incansável... mata e produz.
O princípio do fim, descongelando vida.
O rebentar dos joelhos, o pouco pulsar do peito.
A fome e a injúria de parecer sem nome.
A saliva árida, os aplausos ensurdecedores.
Os furos... todos os furos inseridos na alma, ferida por espinhos.
E por que se chora? Porque tem dor.
E por que se ri? Porque tem amor.
Um princípio de dor promovendo uma ação de amor: a-dor-ação
(Ele sabia o real sentido dela)...
E porque é a maior verdade da história, consegue ser tão limpa, tão clara, tão linda.
Lindo Cristo.
Lindo Deus.
Linda prova de amor.
Que todo sangue propagado encharque almas.
Que o suor designado em morte, germine vidas.
Que o grau de humildade por Ele vivido seja ao menos uma semente no nosso coração.
E que o jardim seja regado pela paciência e pela fé, para que brotem flores perfumadas com o aroma da verdade.
Aquela verdade que liberta. E liberta porque muito ama.

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